A construção da usina de Belo Monte, no rio Xingu (no
Pará) é a maior obra em andamento no Brasil. Seu orçamento é de 26 bilhões de
reais. A execução da obra começou em junho do ano passado e já consumiu 5
bilhões de reais. A inauguração da usina está prevista para fevereiro de 2015.
A usina ocupará parte da área de cinco municípios do Pará: Altamira,
Anapu, Brasil Novo, Senador José Porfírio e Vitória do Xingu. Altamira é a mais
desenvolvida e tem a maior população dentre essas cidades, com 98 mil
habitantes.
A
região discute há mais de 30 anos a instalação da usina no Rio Xingu,
mas teve a certeza de que o início da obra se aproximava após a concessão em
fevereiro, pelo Ibama, da licença ambiental.
O
leilão para a construção da usina de Belo Monte foi vencido pelo consórcio
Norte Energia.
A
usina de Belo Monte será a que produzirá menos energia,
proporcionalmente à capacidade de produção, e que terá maior custo para os
investidores na comparação com outros empreendimentos, em razão
da intensidade dos impactos sociais e ambientais na região. Sua potência
instalada será de 11.233 MW, mas por operar com reservatório muito
reduzido, deverá produzir efetivamente cerca de 4.500 MW em média ao longo do
ano. A usina de Belo Monte será a terceira maior hidrelétrica do mundo, atrás
apenas da chinesa Três Gargantas (20.300
MW) e da brasileira e paraguaia Itaipu (14.000
MW).
Especialistas
em energia elétrica destacam que Belo Monte é importante para atender ao
crescimento da demanda de consumo prevista para os próximos anos, mas concordam
que a produtividade da hidrelétrica é baixa.
A
obra gerará milhares de empregos, mas ao final dela restaram apenas 900 postos
de trabalho.
A
seguir estão alguns pontos sobre o impacto e a poluição com a construção da usina:
- aumento da população, da pressão sobre as terras e áreas indígenas;
- aumento das necessidades por mercadorias e serviços,
da oferta de trabalho e maior movimentação da economia;
- mudanças na paisagem, causadas pela instalação da
infra-estrutura de apoio e das obras principais;
- perda de vegetação e de ambientes naturais com
mudanças na fauna, causada pela instalação da infra-estrutura de apoio e obras
principais;
- mudanças no escoamento e na qualidade da água nos
igarapés do trecho do reservatório dos canais, com mudanças nos peixes;
- inundações permanentes nos igarapés de
Altamira e Ambé, que cortam a cidade de Altamira;
- danos ao patrimônio arqueológico;
- retirada de vegetação, com perda de ambientes
naturais e recursos extrativistas, causada pela formação dos reservatórios;
- perda de jazidas de argila devido à formação do
reservatório do Xingu;
- mudanças nas espécies de peixes e no tipo de pesca,
causada pela formação dos reservatórios;
- interrupção da navegação no trecho de vazão reduzida
nos períodos de seca;
- prejuízos para a
pesca e para outras fontes de renda e sustento no trecho de vazão reduzida.
FONTES:
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