11 setembro 2012

Construção da Usina de Belo Monte



A construção da usina de Belo Monte, no rio Xingu (no Pará) é a maior obra em andamento no Brasil. Seu orçamento é de 26 bilhões de reais. A execução da obra começou em junho do ano passado e já consumiu 5 bilhões de reais. A inauguração da usina está prevista para fevereiro de 2015.
usina ocupará parte da área de cinco municípios do Pará: Altamira, Anapu, Brasil Novo, Senador José Porfírio e Vitória do Xingu. Altamira é a mais desenvolvida e tem a maior população dentre essas cidades, com 98 mil habitantes.
A região discute há mais de 30 anos a instalação da usina no Rio Xingu, mas teve a certeza de que o início da obra se aproximava após a concessão em fevereiro, pelo Ibama, da licença ambiental.
O leilão para a construção da usina de Belo Monte foi vencido pelo consórcio Norte Energia.
A usina de Belo Monte será a que produzirá menos energia, proporcionalmente à capacidade de produção, e que terá maior custo para os investidores na comparação com outros empreendimentos, em razão da intensidade dos impactos sociais e ambientais na região. Sua potência instalada será de 11.233 MW, mas por operar com reservatório muito reduzido, deverá produzir efetivamente cerca de 4.500 MW em média ao longo do ano. A usina de Belo Monte será a terceira maior hidrelétrica do mundo, atrás apenas da chinesa Três Gargantas (20.300 MW) e da brasileira e paraguaia Itaipu (14.000 MW).
Especialistas em energia elétrica destacam que Belo Monte é importante para atender ao crescimento da demanda de consumo prevista para os próximos anos, mas concordam que a produtividade da hidrelétrica é baixa.
A obra gerará milhares de empregos, mas ao final dela restaram apenas 900 postos de trabalho.
A seguir estão alguns pontos sobre o impacto e a poluição com a construção da usina:
- aumento da população, da pressão sobre as terras e áreas indígenas;
- aumento das necessidades por mercadorias e serviços, da oferta de trabalho e maior movimentação da economia;
- mudanças na paisagem, causadas pela instalação da infra-estrutura de apoio e das obras principais;
- perda de vegetação e de ambientes naturais com mudanças na fauna, causada pela instalação da infra-estrutura de apoio e obras principais;
- mudanças no escoamento e na qualidade da água nos igarapés do trecho do reservatório dos canais, com mudanças nos peixes;
- inundações permanentes nos igarapés de Altamira e Ambé, que cortam a cidade de Altamira;
- danos ao patrimônio arqueológico;
- retirada de vegetação, com perda de ambientes naturais e recursos extrativistas, causada pela formação dos reservatórios;
- perda de jazidas de argila devido à formação do reservatório do Xingu;
- mudanças nas espécies de peixes e no tipo de pesca, causada pela formação dos reservatórios;
- interrupção da navegação no trecho de vazão reduzida nos períodos de seca;
- prejuízos para a pesca e para outras fontes de renda e sustento no trecho de vazão reduzida.

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